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Sei lá! A vida é uma rota discricionária e repleta de contradições. Assim, tentar defini-la seria tarefa impossível. Por isso, resta-me vivê-la, na esperança de um dia descobrir (finalmente!) o seu significado…
tens sono... mas não queres adormecer...quer correr, fugir, gritar, mas faltam-te as forças... sentes que o que fazes errado, não tem sentido nenhum... o que estás a fazer afinal? sentes-te perdida... sozinha...tão sozinha como nunca.... já não há lágrimas... apenas as lembranças de algo que nunca exitiu... que apenas foi imaginação... o mundo avança... mas o eu mundo parou... sem outros mundos... não vale apenaesperar que esse momento chegue...ele nunca virá... e hoje eu yenho essa certeza... o mundo virou-te as costas e não quer saber mais de ti... está na hora de deixares o mundo também...
Eu sei que nunca dei verdadeira importância a este blog tratando-o como um verdadeiro blog. Na verdade, vejo-o mais como uma espécie de diário, onde de vez em quando escrevo uns desabafos desorientados. No entanto, estamos no início de um novo ano, e, senti necessidade de alterar algumas coisas na minha vida. Bem, o blog parece estar entre o rol das coisas que quero mudar. Talvez sinta uma necessidade de escrever mais, e de, de certa forma, participar activamente no mundo da blogosfera. Talvez. Ou então, é apenas a tendência natural dos primeiros dias do ano que me fazem acreditar que este ano vai ser diferente, e que essa diferença tem de iniciar-se por algum lado. Pois, e inicia-se, passado oito dias (sim, eu sou preguiçosa), através das alterações feitas a este espaço. Desde logo, dando-lhe uma nova imagem e apresentando-o com um rosto renovado (pois que a beleza exterior não é tudo, certamente, mas também é importante), e depois, através da publicação deste post, que duvido que alguém se dê ao trabalho de ler!
De qualquer forma, e ainda que perceba a inutilidade das minhas palavras para o mundo em geral, é, neste momento, útil para mim, fazer uso do teclado do computador para escrever qualquer coisa que não seja no facebook. Nem que mais não seja, para exercitar a minha escrita ultimamente esquecida e mal tratada.
Fica o registo, numa noite em que o sono me fugiu, e em que os pensamentos andam por caminhos sem retorno.
P.S:. Este texto foi alvo de posterior edição, quando, ao relê-lo me apercebi de algumas gralhas e incorrecções.
P.S.1:. perante essas incorrecções, o primeiro pensamento que me ocorreu foi o de deixar o post permanecer na sua versão original, por me parecer mais real e genuíno. Porém, se quero mudar alguma coisa, e se tenho pretensões de me tornar mais activa na blogosfera, pareceu-me adequado tornar-me mais rigorosa, daí a edição.
P.S.2:. Com tudo isto, pareço estar a contradizer-me, uma vez que estas explicitações não seriam necessárias se acreditasse sinceramente que nenhuma alma se dará ao trabalho de ler estas palavras. Pois! Mas, a esperança é a última a morrer, e eu tenho esperança!
Das coisas que mais me deixa triste na vida:
- sentir que já fiz parte de uma outra vida, e que agora, já nem as lembranças evitam as lágrimas, conhecedoras desta ausência que se tornou mais dilacerante que um simples vazio.
Sim, é das realidades que mais me magoa e fragiliza, saber que já não sou nada, nem sequer um vírgula - quando um dia almejei ser um ponto de interrogação ou um ponto final.
Mas (e como em quase tudo, há sempre um mas), se eu já me tornei indiferente, ( e como é odiável sentirmos que somos indiferentes), a indiferença ainda não reside em mim, pois, eu não consigo olhar-te e não considerar-te importante, porque o foste, e porque ainda os és, e porque sei que o serás, por mais voltas que esta vida dê. E agora, posso parecer demasiado dramática, roçando talvez, os patamares da obsessividade, e as minhas palavras podem soar a crenças infundadas de uma apaixonada enloquecida. Não importa, pois só eu sei que tudo isto que escrevo é uma verdade incontestável.
Para mim, serás sempre o início de um parágrafo.
E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
...
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."
Oiço a mesma música vezes e vezes sem conta, não me cansa a voz, não me cansa a melodia nem me cansa o refrão. Mas dói-me saber o significado de cada palavra! Preferia ter-me mantido ignorante, e esta ser só mais uma canção - uma canção sem significado! Mas tal como tantas outras, esta também tinha que entrar na minha vida, não era?
Tento esquecer mas não consigo! Não consigo porque nem sequer tive oportunidade ainda para o fazer! Vejo aquele momento sempre que me cruzo contigo. A nossa forma de falar já não é mesma. E também já não nos olhamos como antes. Eu sei que não é! Eu evito falar-te, evitando olhar-te! E por mais que digas que vai ficar tudo igual, eu sei que não vai. Podes dizer que eu vou ser feliz, mas hoje isso não é verdade!
Queria que tivesse sido de outra maneira. Tinha sonhado que fosse de outra maneira. Mas quase nunca a realidade corresponde àquilo que sonhámos. Pergunto-me para que é que perdemos tempo com sonhos... Precisa de uma explicação! Sim, uma explicação! Só queria saber o porquê de ter acontecido. Queria saber porque o fizeste, com que intenção o fizeste, e o que sentiste ao fazê-lo. Sei que não significou o mesmo para ambos. Já mo disseste. Mas então porquê te envolveste? Porque é que me fizeste acreditar que era possível? Porque é que me fizeste sentir especial?
Tantas perguntas! Eu sei, sou dramática! Ou talvez tenha uma forma muito diferente de ver as coisas! Nunca me teria deixado envolver de tivesse as certezas que tenho hoje. Nunca. Preferia a ignorância. Preferia permanecer naquela fase supérflua do sonhar. Para mim a verdade nem sempre é preferível. Porque matando a incerteza mata também a esperança. E esperança era o que me restava!
O que me resta agora? Restam-me os dias que tenho que preencher com trivialidades, horas que se traduzem em momentos do acaso! Resta-me uma certeza que me magoa e me fez deixar de sonhar...
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