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Sei lá! A vida é uma rota discricionária e repleta de contradições. Assim, tentar defini-la seria tarefa impossível. Por isso, resta-me vivê-la, na esperança de um dia descobrir (finalmente!) o seu significado…
"...I think I'll go to Boston
I think I'll start a new life
I think I'll start it over, where no one knows my name..."
Augustana - Boston
Às vezes penso que me conheço...outras vezes sei que me perco à procura de mim mesma...
Às vezes a minha companhia basta-me... outras vezes a minha presença incomoda-me e magoa-me ferozmente...
Não entendo muitas coisas... mas aceito-as...
Há uma coisa que eu não entendo nem aceito: a tua partida...
Mas, hoje também me apetecia partir...
Não gosto de chá de camomila...
e
Não gosto da época de exames...
Não me venham com conversas, homem que é homem resolve as coisas à chapada. Qual falinhas mansas, qual quê? A falar é que a gente se entende? Mas que mariquice é essa? Onde é que está o macho no meio de um discursos que poucos entendem, e onde não se percebe onde está o melhor? Oh meus amigos, no meu tempo, travavam-se verdadeiros e magníficos duelos. Arregaçavam-se as mangas e depois de umas trocas de carícias agressivas, o que ficasse de pé ganhava a discussão, e assim se resolvia o problema.
Agora tudo se resume um duelo de palavras. Dizem as pessoas deste tempo, que é uma questão de civilização e de inteligência! Civilização e inteligência? Então, quer dizer que o pobre coitado cujas capacidades intelectuais não se esforçou por desenvolver acabará por ficar sempre caído no tapete, independentemente da sua massa muscular! E o franganote, que leu livros, viu documentários, tornou-se uma pessoa com conhecimentos e bem-educada, acaba por sair vencedor, quando um sopro de vento bastaria para o deixar estatelado no chão!
Que duelo injusto! Não acham? Onde a inteligência e a perspicácia se sobrepõem às características primitivas do homem. Ainda bem que eu sou do tempo, em que os problemas se resolviam com um duelo corpo a corpo. É que eu não sei se seria capaz de os resolver só com palavras. É que para isso, é preciso ser inteligente, ser perspicaz, ter bons argumentos, ser civilizado, ter conhecimentos, e, isso não me parece tarefa fácil. Já dar uma boa chapada, é coisa que não exige muito esforço intelectual, é coisa que qualquer pessoa sabe fazer. No fundo é uma banalidade que nasce connosco, e que esses civilizados de agora fazem questão de renunciar, porque adquiriram características que os fazem pertencer a uma espécie mais evoluída. No entanto tenho reparado, que no meio dessa espécie mais avançada ainda persistem alguns, e ainda são uns poucos, que me deixam orgulhoso, pois continuam presos ao passado e se cingem às características que a natureza lhes deu.
Afinal, é tão mais fácil ser banal, do que ser especial…
E a vida parece demasiado efémera para quem nunca amou e tem medo de nunca amar… é como se o tempo nunca parasse, e como se os ponteiros do relógio se apressassem para chegar a tempo a qualquer lugar. Não amar, pode significar nunca ter sofrido! Não amar, pode significar, nunca ter chorado. Não amar, pode significar nunca ter tido saudades. Mas, não amar, significa acima de tudo que nunca se foi verdadeira e completamente feliz. Mesmo naquelas alturas em que o mundo parece perfeito, em que o nosso rosto transporta o maior sorriso, em que a nossa alma transpira paz, há algo que desequilibra toda esta harmonia. Algo que não se vê. Algo que muitos não sabem que possa existir. Há por detrás desta aparente felicidade, um vazio enorme, profundo e escuro no lugar mais recôndito do coração. Um vazio que se deseja cheio, mas que por agora, apenas se preenche de uma dor incalculável e desmesurada, maior que a alegria exteriormente demonstrada, maior que o mundo, maior que o próprio amor.
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