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Sei lá! A vida é uma rota discricionária e repleta de contradições. Assim, tentar defini-la seria tarefa impossível. Por isso, resta-me vivê-la, na esperança de um dia descobrir (finalmente!) o seu significado…
Eu fujo. Tu fugiste. Todos fugimos. Fugimos dos problemas. Fugimos dos medos. Fugimos das pessoas. Fugimos da Vida!
Passamos grande parte do tempo a fugir. Fugimos porque não conhecemos o outro lado da ponte, fugimos porque não sabemos o que nos espero no outro lado do muro. E por isso, hesitamos, abrandamos o passo, pensamos, paramos. Há quem arrisque e siga em frente. Há quem se acobarde, volte para trás, e procure um novo caminho. E depois, depois há aqueles que, num egoísmo, considerado corajoso por alguns, simplesmente desistem de caminhar. Foi o que tu fizeste. Não te cingiste a dar um passo atrás, ou a recomeçar de novo. Tu não quiseste meramente descobrir um novo caminho. Tu, optaste pela forma mais fácil, escolheste um atalho.
Puseste fim a tudo o que nos faz caminhar. Todos fugimos. Mas, tu fugiste para onde ninguém mais te podia ver. Fugiste. Simplesmente fugiste da vida!
Às vezes pergunto-me se te terás arrependido. Pergunto-te, voltarias a fazê-lo?
Pergunto-te mais, quando fugiste pensaste que ainda havia um futuro risonho à tua espera? Pensaste no céu que nunca mais irias ver, no mar que nunca mais irias contemplar, no sol que nunca mais te iria aquecer? Pensaste nos teus amigos que nunca mais terão a tua presença, nem o teu ombro para chorar? Pensaste na tua família, que nunca mais te poderá abraçar?
Pensaste nos sorrisos que roubaste, nas lágrimas que criaste, e na dor que provocaste nos corações que tocaste?
Pois, não sei se pensaste. O nosso mal é fugir sem pensar no que fica para trás.
Eu também fujo. Todos fugimos. Mas tu quiseste fugir para tão longe...
Texto escrito para a Fabrica de Letras
"Eu não consigo ver e tu conheces tudo.
Mesmo assim, a minha vida não será inútil
Porque sei que nos encontraremos de novo
Em alguma divina eternidade."
Oscar Wilde
"As piscianas são criativas e flexíveis, mas muitas vezes duvidam das suas capacidades."
A insegurança é um dos meus nomes do meio.
Até me sinto irritada por andar tão irritada ultimamente.
Chego a sentir pena das pessoas que me rodeiam, que levam com o melhor do meu mau humor sem pedir.
Detesto que me acordem antes de o meu despertador tocar, fico possessa.
Apetecia-me ter ido à praia hoje. Isto de estar dependente do popó do mano tem de acabar.
Às vezes sinto-me burra. Mas nos últimos tempos tenho-me sentido demasiadamente burra, e não gosto nada da sensação. Aquele emprego não ajuda a melhor a minha auto-estima intelectual. Qualquer dia despeço-me!
Tenho reparado que as mulheres quando chegam a uma certa idade sentem mais falta dos homens do que seria suposto. E depois fazem figura de oferecidas, quando na verdade apenas queriam sentir o aconchego e a protecção de dois braços. Queria lutar contra isso. Mas um porto de abrigo faz imensa falta, e pelos visto, essa ausência torna-se cada vez mais notória com o passar da idade.
Tenho medo de um dia também chegar a esse estado. Afinal a nossa companhia devia bastar-nos, mas parece que precisamos de alguém que suporte a nossa má disposição quando já nem nós temos paciência para a suportar.
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