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Sei lá! A vida é uma rota discricionária e repleta de contradições. Assim, tentar defini-la seria tarefa impossível. Por isso, resta-me vivê-la, na esperança de um dia descobrir (finalmente!) o seu significado…
Saudades_Sorrisos_Lágrimas_Latada_Derrotas_Sonhos
...
Finges estar bem, porque não queres preocupar os outros, mas tu preocupas-te com os outros...
Finges estar bem, porque não queres que os outros te conheçam, mas tu queres conhecer os outros...
Finges estar bem, simplesmente porque nunca encontraste ninguém que descobrisse esse fingimento...
"No amor, somos todos meninos.
Meninos, pequenos, pequeninos.
Sentimo-nos coisas poucas perante a glória descarada de quem amamos.
Quem ama não passa de um recém-nascido, que recém-nasce todos os dias."
(Miguel Esteves Cardoso)
"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas."
(Álvaro Campos)
Sinto-me estupidamente ridícula. Não consigo adormecer porque estou a pensar nele. Sei que quando adormecer, muito provavelmente, vou sonhar com ele. Amanhã de manhã, vou acordar a pensar nele. E em vez de estudar, vou para o facebook ver se há alterações no estado dele. Para além disso, vou passar o dia a lembrar-me que demorei um dia inteiro a responder a um simples comentário dele. E que, depois de tanta ponderação, de tantas respostas imaginadas, acabei por responder algo que não tinha pensado. E agora, algumas horas depois, estou a achar que disse a coisa mais ridícula que poderia ter dito!
Por momentos parece que voltei aos velhos tempos de adolescência: ando completamente aparvalhada. Só falta ter acne, porque o resto dos sintomas estão cá todos: alheamento total da realidade; acidentes inesperados a cada instante; formigas a correr de um lado para o outro na minha barriga; a minha cabeça anda perdida algures em Marte; e por fim debato-me com vontades contraditórias: por um lado o desejo de o ver e estar com ele; por outro, a razão a dizer-me para o evitar; de um lado o meu coração pede que ele também goste mim, do outro, a realidade quase me obriga a esquecê-lo.
E depois vem a pergunta inevitável: porque é que isto me está a acontecer a mim? Logo agora, que teria mais em que pensar e com que me preocupar! Já não tenho dezasseis anos, mas nos últimos tempos tenho-me sentido como se os tivesse. E se por um lado, todo este encantamento é bom, porque me deixa com sorrisos estúpidos estampados no rosto, por outro, tudo isto me faz sentir estupidamente ridícula, porque tenho vinte anos e acho que estou apaixonada!
E a prova é este texto, simplesmente ridículo...
"O Amor é uma doença,
quando nele julgamos ver a nossa cura."
"Longe da vista... longe do coração. Será?"
http://download.postais.net/images/postais/amor.jpg
E eu que não percebo nada sobre isto a que chamam amor...
"I used to be a little boy
so old in my shoes
and what i shoose is my choice
What´s a boy supposedto do?
The killer in me is the killer in you
My love
I send this smile over to you
(...)
The killer in me is the killer in you
I send this smile over to you"
https://1.bp.blogspot.com/_DyM9wwT_zJc/SL6_GQYo3NI/AAAAAAAAAFA/WGp3fCRSjew/s400/Saudade2.jpg
De certa forma tinhas razão: é difícil viver neste mundo. E eu acrescento, torna-se mais difícil ainda quando não se é amado.
É Outono! E, é nesta estação do ano que mais me lembro de ti. Cada folha seca no chão representa o fim de algo.
O tempo não pára. Mas, há momentos que pararam no tempo e nunca mais avançaram.
A vida é efemera. Mas há vidas que foram curtas de mais...
"...where no one knows my name..."
"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos"
Fernando Pessoa
Às vezes, acho que chego a perceber a razão que te fez desistir de tudo, e abandonar este mundo. Embora me custe muito aceitar esse teu acto, eu percebo-te, e sei o quanto é difícil viver neste espaço sentindo que estamos completamente sós. Não é fácil. Parece que todos têm razões para sorrir menos nós, parece que a felicidade bate a todas as portas menos à nossa. E perante esta sensação, sentimos uma revolta a crescer ferozmente dentro de nós, apetece-nos fechar em casa, não ver ninguém, não deixar que ninguém nos olhe. Afinal, às vezes parece tão díficil enfrentar o mundo. Eu diria que somos fracos por pensarmos assim. Mas, é difícil deixarmos de ser como somos, é difícil simplesmente ignorar um passado que não temos. Um passado que nos magoa, por o sabermos tão vazio.
E é de amor que falo...ou melhor, da falta dele...
E o amor parece invadir o ar, mas não me chega a tocar... os outros respiram-no e é por isso que são felizes...
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