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Sei lá! A vida é uma rota discricionária e repleta de contradições. Assim, tentar defini-la seria tarefa impossível. Por isso, resta-me vivê-la, na esperança de um dia descobrir (finalmente!) o seu significado…
"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas."
(Álvaro Campos)
Sinto-me estupidamente ridícula. Não consigo adormecer porque estou a pensar nele. Sei que quando adormecer, muito provavelmente, vou sonhar com ele. Amanhã de manhã, vou acordar a pensar nele. E em vez de estudar, vou para o facebook ver se há alterações no estado dele. Para além disso, vou passar o dia a lembrar-me que demorei um dia inteiro a responder a um simples comentário dele. E que, depois de tanta ponderação, de tantas respostas imaginadas, acabei por responder algo que não tinha pensado. E agora, algumas horas depois, estou a achar que disse a coisa mais ridícula que poderia ter dito!
Por momentos parece que voltei aos velhos tempos de adolescência: ando completamente aparvalhada. Só falta ter acne, porque o resto dos sintomas estão cá todos: alheamento total da realidade; acidentes inesperados a cada instante; formigas a correr de um lado para o outro na minha barriga; a minha cabeça anda perdida algures em Marte; e por fim debato-me com vontades contraditórias: por um lado o desejo de o ver e estar com ele; por outro, a razão a dizer-me para o evitar; de um lado o meu coração pede que ele também goste mim, do outro, a realidade quase me obriga a esquecê-lo.
E depois vem a pergunta inevitável: porque é que isto me está a acontecer a mim? Logo agora, que teria mais em que pensar e com que me preocupar! Já não tenho dezasseis anos, mas nos últimos tempos tenho-me sentido como se os tivesse. E se por um lado, todo este encantamento é bom, porque me deixa com sorrisos estúpidos estampados no rosto, por outro, tudo isto me faz sentir estupidamente ridícula, porque tenho vinte anos e acho que estou apaixonada!
E a prova é este texto, simplesmente ridículo...
"O Amor é uma doença,
quando nele julgamos ver a nossa cura."
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