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Máscaras

por ss, em 12.09.11

Podes tirar essa máscara de vez em quando, e deixar que os outros vejam que também choras, que também és fraca, que também tens medos, que também sofres.

 

Não tens que sorrir quando te apetece chorar, nem falar quando te apetece estar em silêncio, ou calar quando o que tu queres é gritar. Deixa de fingir que estás sempre bem e mostra-te ao mundo como és! Tu és humana. E por isso, também mereces que te consolem, também mereces que te ofereçam sorrisos, e também mereces que te sequem as lágrimas.

 

Não vale a pena fingires comigo. Conheço o teu verdadeiro sorriso, e conheço o teu sorriso forçado que desaparece quando ficas só. Conheço as tuas lágrimas escondidas mesmo quando sorris, e sei que tens tantas palavras para desabafar quando simplesmente escutas alguém.

 

Tu finges! E eu finjo não conhecer essa máscara, e entrego-te o meu colo apenas. Comigo podes chorar, podes gritar, podes desabafar ou simplesmente estar calada. Ninguém irá saber que estás triste.

 

 E só eu sei, que quando saíres daquela porta, colocarás de novo a máscara, e voltarás a sorrir como se estivesses feliz.

 

Texto escrito para a Fábrica de Letras

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Não me venham com conversas, homem que é homem resolve as coisas à chapada. Qual falinhas mansas, qual quê? A falar é que a gente se entende? Mas que mariquice é essa? Onde é que está o macho no meio de um discursos que poucos entendem, e onde não se percebe onde está o melhor? Oh meus amigos, no meu tempo, travavam-se verdadeiros e magníficos duelos.  Arregaçavam-se as mangas e depois de umas trocas de carícias agressivas, o que ficasse de pé ganhava a discussão, e assim se resolvia o problema.

Agora tudo se resume um duelo de palavras. Dizem as pessoas deste tempo, que é uma questão de civilização e de inteligência! Civilização e inteligência? Então, quer dizer que o pobre coitado cujas capacidades intelectuais não se esforçou por desenvolver acabará por ficar sempre caído no tapete, independentemente da sua massa muscular! E o franganote, que leu livros, viu documentários, tornou-se uma pessoa com conhecimentos e bem-educada, acaba por sair vencedor, quando um sopro de vento bastaria para o deixar estatelado no chão!

Que duelo injusto! Não acham? Onde a inteligência e a perspicácia se sobrepõem às características primitivas do homem. Ainda bem que eu sou do tempo, em que os problemas se resolviam com um duelo corpo a corpo. É que eu não sei se seria capaz de os resolver só com palavras. É que para isso, é preciso ser inteligente, ser perspicaz, ter bons argumentos, ser civilizado, ter conhecimentos, e, isso não me parece tarefa fácil. Já dar uma boa chapada, é coisa que não exige muito esforço intelectual, é coisa que qualquer pessoa sabe fazer. No fundo é uma banalidade que nasce connosco, e que esses civilizados de agora fazem questão de renunciar, porque adquiriram características que os fazem pertencer a uma espécie mais evoluída. No entanto tenho reparado, que no meio dessa espécie mais avançada ainda persistem alguns, e ainda são uns poucos, que me deixam orgulhoso, pois continuam presos ao passado e se cingem às características que a natureza lhes deu.

Afinal, é tão mais fácil ser banal, do que ser especial…

 

 

Fabrica de Letras 

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