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Sei lá! A vida é uma rota discricionária e repleta de contradições. Assim, tentar defini-la seria tarefa impossível. Por isso, resta-me vivê-la, na esperança de um dia descobrir (finalmente!) o seu significado…
Finges estar bem, porque não queres preocupar os outros, mas tu preocupas-te com os outros...
Finges estar bem, porque não queres que os outros te conheçam, mas tu queres conhecer os outros...
Finges estar bem, simplesmente porque nunca encontraste ninguém que descobrisse esse fingimento...
"No amor, somos todos meninos.
Meninos, pequenos, pequeninos.
Sentimo-nos coisas poucas perante a glória descarada de quem amamos.
Quem ama não passa de um recém-nascido, que recém-nasce todos os dias."
(Miguel Esteves Cardoso)
Podes tirar essa máscara de vez em quando, e deixar que os outros vejam que também choras, que também és fraca, que também tens medos, que também sofres.
Não tens que sorrir quando te apetece chorar, nem falar quando te apetece estar em silêncio, ou calar quando o que tu queres é gritar. Deixa de fingir que estás sempre bem e mostra-te ao mundo como és! Tu és humana. E por isso, também mereces que te consolem, também mereces que te ofereçam sorrisos, e também mereces que te sequem as lágrimas.
Não vale a pena fingires comigo. Conheço o teu verdadeiro sorriso, e conheço o teu sorriso forçado que desaparece quando ficas só. Conheço as tuas lágrimas escondidas mesmo quando sorris, e sei que tens tantas palavras para desabafar quando simplesmente escutas alguém.
Tu finges! E eu finjo não conhecer essa máscara, e entrego-te o meu colo apenas. Comigo podes chorar, podes gritar, podes desabafar ou simplesmente estar calada. Ninguém irá saber que estás triste.
E só eu sei, que quando saíres daquela porta, colocarás de novo a máscara, e voltarás a sorrir como se estivesses feliz.
Texto escrito para a Fábrica de Letras
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